O mundo dos romances de época está em polvorosa e à espera da adaptação da série de livros Os Bridgertons, de Julia Quinn, anunciada pela Netflix para 2020. Com oito episódios, a temporada de estreia ainda está tomando forma e a primeira atriz a ser escalada é Julie Andrews, que fará a narração das Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown.
Além disso, nós fãs, ligamos o modo “Sherlock Holmes” e tentamos enxergar pistas nos posts de todos envolvidos na produção, principalmente (ou quase que unicamente) o produtor Chris Van Dusen. Em seu Instagram, entre as fotos com amigos e família, é possível encontrar casas inglesas cheias de história e cenários perfeitos para as aventuras dos Bridgertons.
E é aí que começa a especulação.
Hoje vou falar sobre a Althorp House, casa ancestral da família Spencer – sim, a mesma da Princesa Diana – que tem a propriedade há mais de 500 anos. Tudo começou com esse post:
De acordo com o livro O Visconde que me Amava, a fachada de Aubrey Hall, lar ancestral dos Bridgertons, é assim:
Aubrey Hall parecia quase acolhedora. Possivelmente, era uma palavra peculiar para descrever uma casa com cinquenta cômodos, como pouco, mas suas caprichosas torres e almenas pareciam quase saídas de um conto de fadas, em especial com o sol do entardecer que proporcionava um resplendor quase avermelhado à pedra amarela. Não havia nada austero ou assustador em Aubrey Hall, e Kate gostou imediatamente.
O Visconde que me Amava, Julia Quinn
Pedrinhas amarelas? Amarelinhas! Cinquenta cômodos? Muito mais! Na verdade, Althorp tem 90 cômodos, desses 31 são quartos. E nessa foto, as flores roxas até parecem que são jacintos, né? Claro, é tudo especulação e fãs malucos (o/ #culpada) em busca de alguma informação. E vale lembrar que em uma produção de vídeo é possível usar apenas partes de determinadas casas para construir a “casa perfeita”, complementando com imagens gravadas em estúdio.
A Althorp House

A Althorp House, casa ancestral dos Condes de Spencer, está localizada em Northamptonshire, na região das Midlands Orientais, distante pouco mais de 100 km do centro de Londres. Em 1508, John Spencer comprou a propriedade, que na época era feita de tijolos vermelhos, bem ao estilo Tudor. A casa tem o mesmo formato desde 1688.
Mas em 1788, o arquiteto Henry Holland foi comissionado para fazer algumas reformas e uma delas foi o revestimento de toda a fachada com materiais uniformes numa cor mais clara, puxando pra um amarelo acinzentado.

Por dentro, a casa é luxo puro! Os Spencers sempre foram amantes das artes e literatura, com cada patriarca aumentando a coleção de obras caríssimas e raras, seja pinturas, móveis ou livros.
E falando nisso, durante a Era Regencial, o 2º Conde Spencer, George John, era um ávido colecionador de livros. A biblioteca ocupa cinco cômodos na ala oeste, combinados para formar a Longa Biblioteca – ou Long Library, como é chamada, mas já chegou a ter livros espalhados por outros cômodos da casa (e parte do acervo foi vendido para a Biblioteca Britânica após a morte de George). As estantes do chão ao teto são um colírio para os olhos de qualquer leitor! Além disso, ela tem conexão com a sala de bilhar e uma sala de estar.

Outros cômodos de destaque abertos ao público são a Sala de Jantar de Estado, a Grande Galeria e o Quarto Princesa de Gales. E, para quem pensa que esse seria o quarto de Diana, se enganou! Na verdade, ele foi denominado assim após a visita, em 1863, do futuro Rei Edward II. Quando ainda era Príncipe de Gales, ele e sua esposa visitaram os Spencers e a princesa dormiu neste aposento. Na verdade, diversos quartos públicos receberam convidados ilustres que dão título aos cômodos, como o Rei William III, em 1695, e a Rainha Mary (avó da Rainha Elizabeth II), em uma visita com seu marido, o Rei George V, em 1913.
A última morada de Lady Di
Como disse, a casa é da família da Princesa Diana (que inclusive, fazia aniversário no mesmo dia que eu, 1 de julho). Ela passou alguns anos da infância e adolescência ali; também é o local onde está enterrada.
Há uma urna em sua homenagem em uma ilha no Round Oval, um lago ornamental da propriedade datado de 1868, e não está aberta ao público. A ideia era mesmo afastar os curiosos, oferecendo segurança para os restos mortais da princesa e proporcionando um ambiente tranquilo para quando William e Harry quisessem visitar. Apesar da urna, não se sabe se ela foi cremada (como outros membros da família Spencer) ou enterrada (provavelmente, pelos relatos do irmão). Há muitas controvérsias e teorias sobre o assunto e especula-se que ela esteja, na verdade, enterrada na cripta da família na paróquia próxima à Althorp.

O máximo que os fãs da Princesa do Povo vão conseguir é chegar até um memorial, que se assemelha muito aos “follies” (um tipo de edifício para contemplação ou descanso, geralmente imitando templos antigos ou outras estruturas clássicas) que eram famosos no século 18 e 19. Este, apesar de ter um estilo paladino, foi construído na década de 1990 e conta com assentos e placas em homenagem à Lady Di comissionadas pelo seu irmão, Charles, 9º Conde Spencer.
Agora, chega de papo! Veja as fotos e tire suas próprias conclusões se essa não seria uma casa perfeita para nossa família Bridgerton?
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