A resposta mais rápida é: não. A resposta mais longa é: talvez. O Dia de Ação de Graças é conhecido principalmente como uma tradição norte americana e ponto final. Entretanto, toda tradição precisa começar em algum lugar, certo? E para isso, precisamos voltar um pouquinho no tempo.
Durante o reinado de Henrique VIII, ele se separou
de várias mulheres da Igreja Católica e uma reforma protestante moveu o País. Entre as inovações, estava na abolição de diversos feriados cristãos associados com a igreja, inclusive o Natal e a Páscoa. Para compensar, eles criaram dois dias especiais: o Dia da Humilhação que vivemos todo dia, brinks e o Dia de Ação de Graças. O primeiro era convocado quando se havia necessidade de orar e pedir a Deus por clemência, como quando havia uma epidemia ou seca na colheita. Já o segundo era para agradecer (ou seja, dar graças) à Providencia Divina, geralmente pela boa colheita. No Reino Unido, esse agradecimento da colheita geralmente era centralizado na Festa de São Miguel ou nas festas de Hallow’s Eve, dependendo da época. Além disso, os cultos de Ação de Graças não tinham uma data fixa, então podiam ser realizados de acordo com o que a comunidade quisesse ou achasse necessário.
Quando começou a imigração para a América, os peregrinos levaram consigo essas tradições, que tomou muito mais força com os imigrantes que precisavam de toda ajuda divina possível para se adaptarem no país novo e desconhecido. Diversas celebrações dos dois tipos eram “chamadas” pela comunidade nos séculos 17 e 18. Só no século 19 é que fixou-se uma data: a última quinta-feira de novembro, chancelada pelo presidente Abraham Lincoln. No século 20, o presidente Franklin Roosevelt sugeriu a mudança para a penúltima quinta-feira, com a intenção de aquecer a economia.
Conclusão: pode ser que algumas famílias inglesas mais puritanas, que seguiam as tradições da época da reforma, ainda se apegassem à essa tradição e comemorassem. Mas, elas não tinham uma data fixa e podiam ser apenas um culto ou almoço por alguma graça alcançada. Entretanto, na Era Regencial, o mais comum mesmo seria a comemoração de agradecimento pela colheita no Dia de São Miguel, já que coincidia com o encerramento da temporada de trabalho, um dos dias fiscais e marcava o início de outra estação.
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