Nos últimos anos, um pouco antes da estreia da temporada de Bridgerton, eu sempre reli o livro no qual a série se baseava. Relembrar o que acontece nas páginas para aquecer o coração antes da temporada parecia uma boa ideia. E de fato na S1 foi uma delicia poder ver, ainda que com adaptações, nossos personagens favoritos na tela e a história de Daphne e Simon se desenrolar com a mesma cronologia dos livros.
Mas tudo mudou na segunda temporada. A série divergiu violentamente do livro O Visconde que me Amava – e tudo bem, isso é um direito da adaptação. Porém, na minha memória tudo estava muito fresco e ficou muito nítido tudo o que foi alterado. Além das expectativas frustradas, a comparação me fez focar muito mais no que faltava do que o que nos foi apresentado.
Por isso, dessa vez, eu resolvi não reler o livro. Fiquei ensaiando por semanas, mas faltando menos de sete dias para a estreia, quero estar com a memória suficientemente defasada para poder apreciar a nova história que Shondaland está criando para esses personagens. É impossível prever os rumos que a história vai tomar, não é mais factível se basear no livro para esperar ação XYZ dos personagens. É uma nova história, com elementos que conhecemos. Nicola Coughlan, intérprete da Penelope, disse várias vezes que tiveram abertura para pedir cenas do livro e que foram aceitas, mas – como gato escaldado tem medo até de água fria – eu prefiro me apegar apenas ao que lembro de cabeça da história e me deixar ser levada pela trama audiovisual que será apresentada.
O livro sempre estará lá. Aquela história sempre existirá, tanto em essência como na ordem dos fatos. Então, vou aproveitar a história de Polin com novos olhos e ver se gosto. Eu sou primeiramente fã dos livros, a minha insatisfação com a segunda temporada tem fundamento, mas quero deixar pra trás essa ideia apegada ao livro e curtir a série como ela deve ser: um momento para esquecer da realidade e dos problemas. Afinal, Polin é meu casal favorito e espero ansiosamente por esse momento.
E você? Já releu o livro ou está na mesma que eu, esperando pra ser surpreendida?
Costurando o Verbo 