No dia 14 de fevereiro, muitos países comemoram o Dia de São Valentim, também conhecido como Dia dos Namorados. Atualmente, é um dia para presentes e encontros românticos, mas será que era assim na Era Regencial?
Mais ou menos. Naquela época, trocavam-se cartões feitos à mão, com decorações que podiam variar de flores até rendas de tecido. Flores também eram entregues, principalmente por quem não tinha o poder aquisitivo para folhas de papel ou queria passar alguma mensagem.
Veja esse trecho do jornal Morning Post, no dia 15 de fevereiro de 1815, tirada do blog Georgian Era:
The Morning Post – 15th February 1815
Yesterday being Valentine’s day, the whole artillery of love was put into requisition. The Postmen were converted into Cupids, and instead of letters upon business, carried epistles full of flames, darts, chains, and amorous declarations.
Ontem sendo Dia de São Valentim, toda a artilharia do amor foi colocada a postos. Os carteiros foram convertidos em Cupidos, e ao invés de cartas de negócios, carregavam epístolas cheias de chamas, flechas, correntes e declarações de amor.
História do Valentine’s Day

Assim como o Dia das Bruxas e até mesmo do Natal, o Dia de São Valentim foi estratégicamente colocado em 14 de fevereiro como forma de sincretizar uma tradição romana ao catolicismo. A Lupercália era realizada entre 13 e 15 de fevereiro e era uma festa para afastar energias negativas e purificar a cidade. Portanto, em 496, o Papa Gelasius decretou o dia 14 de fevereiro como dia de São Valentim, padre que desafiou regras para casar jovens romanos e foi transformado em patrono dos enamorados.
Foi apenas no século 17 que a tradição de mandar cartas no Valentine’s Day realmente virou moda, mas há registros de que no século 15 Charles, Duque de Orleans, mandou cartas da prisão para sua esposa na data.
E lembra que falei mais acima sobre passar mensagens com flores? Foi graças à introdução da “linguagem das flores”, difundida na Europa pelo Rei Charles II da Suécia no século 18, que muitos amantes podiam escolher mandar uma rosa vermelha para professar toda sua paixão (mas seria escandaloso) ou lírios para declarar devoção e pureza.
Presentes comprados em lojas ficavam reservados para outras épocas e relações mais próximas (apesar de não ser incomum, só algo mais reservado aos aristocratas). Foi apenas com a Era Vitoriana e o sucesso da industrialização que se tornou acessível comprar lembrancinhas e cartões prontos para o Valentine’s Day.
No Brasil, a data não é comemorada (já que por aqui, geralmente, estamos pulando carnaval) e o nosso Dia dos Namorados é em junho, na véspera do Dia de Santo Antônio. Mas, conta aí, vai mandar algum cartão nesse dia 14 de fevereiro?
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