Por esse nome, talvez você não conheça essa casa. Mas, se eu te disser que é a casa do Duque de Wellington, provavelmente o nome fique mais familiar se você lê tantos regenciais como eu.
Arthur Wellesley era quarto filho de um conde irlandês e oficial do Exército Britânico. Ascendeu na carreira militar por sua liderança e também porque naquela época era possível comprar comissões. Isso, na verdade, só o ajudou a comprovar e desenvolver suas habilidades no campo de batalha, principalmente na Guerra Peninsular (1808-1812), um conflito que fez parte da Guerra Napoleônica. Wellesley foi o comandante responsável por libertar Portugal e Espanha do domínio francês.

Ele foi criado Duque de Wellington em 1814, após a abdicação e exílio de Napoleão Bonaparte na Ilha de Elba. A paz não durou muito, já que Bony fugiu no ano seguinte e resultou na sangrenta batalha de Waterloo (quem quiser ver um diorama da batalha para ter uma dimensão da bagunça e sanguinolência que foi, o Daily Mail tem algumas fotos).
Recentemente, acabei de ler a série da Família Windham, de Grace Burrowes, e o segundo livro, The Soldier, conta a história de um coronel, Devlin St. Just suspiros que lutou em Waterloo e voltou traumatizado. Vendo essas imagens, dá pra entender o porquê. Aliás, o Duque aparece em alguns livros e é bem divertido. A batalha também aparece no livro Ligeiramente Pecaminosos, da Mary Balogh, da famosa Família Bedwyn. Alleyne Bedwyn estava indo entregar uma mensagem para o duque durante o confronto, foi ferido e dado como morto pela família.
De volta a casa, a Apsley House fica em uma das entradas do Hyde Park, a Hyde Park Corner (Esquina do Hyde Park). Bem em frente há uma estátua enorme de Wellington em um cavalo, como se estivesse indo em direção da casa.

Ela foi construída em 1771, comissionada pelo Barão Apsley (daí seu nome), e era bem menor. Em 1817, Wellignton comprou anonimamente a casa, que desde 1808 era propriedade de seu irmão. Em 1820, começou a expandir e reformar tudo para que a mansão atendesse os requisitos de seu novo status, já que, como herói da vitória contra os franceses, recebia muitos hóspedes célebres.
Descobri que haviam muitas outras casas ao lado e que a rua lateral não existia até o meio do século passado! Depois de uma remodelação viária para melhorar o trânsito na região, várias casas foram demolidas – menos a Apsley, por motivos óbvios, já que ela virou um museu com a história de Waterloo, do Duque de Wellington e sua extensa coleção de arte.
Eu não entrei na casa, pois estava guardando meu rico dinheirinho para outros passeios (não é exatamente cara, mas o preço de dois tickets iria fazer falta. Uma ótima desculpa pra eu voltar lá e visitar he he he). Do lado de fora, ela é simplesmente monumental. De dentro, então, é deslumbrante. No site da English Heritage há algumas fotos, que eu reproduzo na galeria abaixo para vocês terem uma “leve” noção de como é uma casa ducal.
Por mais imaginação que eu tenha, eu nunca consigo imaginar os cômodos com essa grandeza e ostentação toda, é algo muito fora da minha realidade! Mas, é tãããão lindo! E por isso, tenho me proposto, com essa série Regencial no Séc 21, a trazer um pouco de inspiração para essas leituras. Sobre o que você gostaria de inspirações?
Nossa, que lindo! Já pensou morar num lugar desses?
Adorei as fotos e a proposta dessa série de posts!